Vou postar aqui a pura expressão de arte e de alguns pensamentos meus e de amigos...

Sou bruxa...sou fada...sou menina e sou mulher!!!

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são paulo, s.p, Brazil
sou taróloga(Tarôt das Bruxas),artista plástica(Pinturas místicas),terapeuta corporal,pisciana a flor da pele,sensivelmente forte,mística e bruxa com muito orgulho!!!

3 de out. de 2007

Arkanologia Kabalistica







Arkanologia Kabalistica
Bosco Viega
I - O QUE É KABALAH?
Cada doutrina possui sua filosofia básica que, na verdade, é a própria essência da religião. O Hinduísmo possui a Vedanta; o Mazdeísmo, o Zoroastrismo; o Islamismo, o Sufismo; o Cristianismo possui o Espiritismo; o Confucionismo, o Taoísmo; o animismo, o xamanismo; o Judaísmo, a KABALAH, que também pode ser grafada nas formas KABBALAH, QABALAH e CABALAH, e cujas siglas são: KBL, QBL, CBL.
Mas no que consiste a KABALAH? Na reunião de livros e ensinamentos calcados nos fundamentos dos Patriarcas, de Moisés e dos rabinos.
Na verdade, a KABALAH é depositária de ensinamentos antiquíssimos, revelados muito antes do surgimento dos primeiros Patriarcas. Segundo apontam as pesquisas, estes ensinamentos teriam vindo da Mesopotâmia – via Caldéia –, do Egito, da Índia e (por que não? ) da Atlântida, que, por sua vez, os herdara da Lemúria.
Mas, tanto Abrahaão quanto Moisés e os rabinos, dariam um cunho especial a essa antiga tradição, adaptando-a ao processo monoteísta abrâmico, mesmo porque foram-lhes transmitidas revelações particulares que viriam complementar os velhos segredos anteriormente recebidos.
A tradução da palavra KABALAH é "Tradição Secreta" e, durante muito tempo, pensou-se que esta doutrina fora assim denominada, devido às perseguições que sofrera, até mesmo no seio do próprio judaísmo. Mais tarde, já nos tempos atuais, pesquisadores kabalistas modernos, como Steinberg, Berg, Retter e outros, chegariam à conclusão de que o termo "secreta" fora-lhe acrescentado porque KABALAH é o estudo da busca do Caminho Oculto, existente no interior de cada um de nós; é a Tradição Secreta, que ensina que Deus está dentro de nós, e que, talvez, tivesse sido realmente passada em segredo, porque naquele tempo o ser humano ainda não estava preparado para a revelação.
Uma prova do que estamos afirmando está numa velha lenda dos kabalistas espanhóis. Eles contam que, na verdade, Moisés recebera no Monte Sinai 13 Mandamentos, e que, ao descer e deparar com o povo adorando o Bezerro de Ouro, disse para Aaron, seu irmão, que o povo não estava preparado para receber os 13 Mandamentos, e que, portanto, revelaria apenas os dez básicos, enquanto que os demais seriam passados em segredo aos sacerdotes do Tabernáculo.
Steinberg vê nesse momento o nascimento da KABALAH propriamente dita, já que os três Mandamentos ocultos, com toda certeza, eram ensinamentos secretos sobre a Gematria (Numerologia), Astrologia e Geomancia), um meio de estudar os números como caminho de evolução, através da forma geométrica e da expressão do arcano.
Quanto aos dez Mandamentos básicos que se tornaram conhecidos, estão calcados nos dez sephiroth ou dez caminhos da Árvore da Vida, cujo significado oculto encontra-se velado nas frases comuns dos Mandamentos que conhecemos.
II - A ORIGEM DA PALAVRA KABALAH
Para os pesquisadores modernos, a palavra KABALAH tem sua origem nas raízes egípcias KA (espírito) e BA (alma), enquanto que a partícula LAH seria uma corruptela do aramaico EL-HA, que significa "Poder Oculto" e é o singular de Elohim (Inteligências Divinas). Mais uma vez isto vem comprovar a sua origem divina (ou extraterrestre?), posto que, segundo a Tradição, a codificação desses ensinamentos foi dada a Moisés pelos Elohim, no Monte Sinai. Portanto, a tradução direta da palavra seria: "O Espírito e a Alma dentro do corpo, contendo oculto o Poder divino.
A Gematria e a Geomancia (juntamente com a Astrologia), como caminhos evolutivos e explicativos, seriam complementos que nos ajudariam a compreender os processos da criação do ser humano e do Universo, assim como nossa ligação à Divindade e o desenrolar da nossa existência como partícipes e herdeiros da Criação.
Segundo rabi Steinberg, a sigla KBL está ligada ao Triângulo Divino:
K = 2
B = 2
L = 3
= 2 + 2 + 3 = 7
A sigla KBL simboliza a Centelha divina que desce pelo Conhecimento e que subirá por ele: K = 2 + 1 = 3, B = 2 + 2 = 4, L = 3 + 3 = 6 = 13 – 4 + 7 = 11, que é o Conhecimento, a sephira Daath.
Realmente, a KABALAH é o próprio Conhecimento Divino. A sigla, composta de K = Caph, B = Beith e Lah = Lamed, equivale ao 2, que também está ligado à letra Caph. Para ser estudada, a Kabalah tem que ser também dividida e explicada através da Gematria (números), da Geometria (símbolos) e da Árvore da Vida (parte prática).
III - GEOMETRIA SAGRADA
A Geometria Sagrada era usada pelos hebreus para representar figuras que eles não podiam ser reveladas aos profanos. Senão, vejamos:
Aqui entra gráfico 07
As figuras do gráfico 07 representam os sete planos geométricos. O oitavo plano é a formação, pelo livre-arbítrio, da Personalidade, que se realiza no nono plano; no décimo plano inicia-se a Grande Volta.
IV - DIVISÃO DA KABALAH
Para melhor entendermos a KABALAH, que é a base da Arcanologia, temos de conhecer a sua origem e a divisão em que ela foi colocada.
A primeira parte da KABALAH é denominada Kabalah da Criação, e tem a participação do patriarca Abraham, tido como o pai do monoteísmo hebraico e ocidental – que se estende, inclusive, ao mundo cristão e ao Islam. Ela é chamada de Kabalah da Criação, porque atribui-se a Abraham um estudo que mais tarde transformou-se numa obra denominada Sepher Yetzirah ou Livro da Criação. Como Yetzirah está ligado ao mundo astral ou da forma, é nesse plano que tem início a Criação propriamente dita.
Nessa primeira parte da KABALAH, vemos a ocorrência dos Números, Letras e Símbolos que desde o plano divino cooperam para a formação do Universo e do Homem, e que são explicados no Sepher Yetzirah. Ela envolve os ensinamentos dados a Abraham por dois anjos sob o carvalho de Mamré (ou Mambré), e tem ligação com o conhecimento de Abraham em relação aos três primeiros sephiroth do Triângulo Sagrado, de onde esse conhecimento emana.
A segunda parte da KABALAH é denominada Kabalah de Moisés, ou Kabalah da Revelação, e se baseia no Pentateuco (do grego penta, cinco, e teuco, livro), que foi totalmente "revelado" a Moisés durante o seu refúgio no Sinai. Nesta segunda parte está incluída a Torah, a Lei recebida por Moisés no Sinai. Dizem as tradições que, na verdade, Moisés recebera 13 Mandamentos, em vez dos 10 Mandamentos conhecidos, mas que, devido a adoração do povo hebreu ao Bezerro de Ouro, o legislador de Israel teria ocultado três deles, passando-os secretamente aos anciãos do Tabernáculo. Esses três outros Mandamentos seriam: a numerologia (Gematria, Temurah e Notaricon) – que sãos jogos e trabalhos feitos com as letras, nomes e frases –, a Astrologia e a Geomancia, que nada mais é do que uma arte divinatória ligada à velha ciência egípcia dos números, e que veio a dar no moderno jogo do dominó.
A terceira parte da KABALAH é chamada de Iniciação, e está ligada à figura de rabi Shimon Bar Yochai, que praticamente foi o codificador dos ensinamentos ocultos que compunham a KABALAH, e que corriam o sério risco de desaparecerem após a tomada de Jerusalém e da destruição do Templo, em 70 d.C.
Seus ensinamentos, verdadeira doutrina dentro da KABALAH, foram resumidos em um livro (surgido na Idade Média) denominado ZOHAR. É com rabi Shimon que a KABALAH começa a tomar forma como estudo e iniciação, e sua base é estabelecida. Essa terceira parte da KABALAH pode ser considerada o cerne da filosofia oculta do judaísmo, e divide-se em:
a) kabalah da criação
b) kabalah da revelação
c) kabalah da iniciação
A quarta parte é denominada Kabalah da Realização. Foi quando a KABALAH atingiu o seu apogeu, durante o domínio árabe da Península Ibérica, período em que se desenvolveu profundamente o seu lado prático ou mágico, e que chegou a afetar o próprio cristianismo. Um fator que muito contribuiu para o seu fortalecimento e propagação naquela região, reside no fato de que os sultões incentivavam o estudo, não somente da sua religião, mas da religião de outros povos. Na Universidade de Córdoba – situada na Andaluzia –, por exemplo, a KABALAH era estudada não apenas pelos judeus, mas também pelos mouros e cristãos.
Muitos filósofos cristãos se propuseram a trabalhar nela, tais como, Tomás de Aquino e Lulli, Pico de La Mirandola, entre outros. Do lado judeu temos principalmente: Toros, Toledano, Moisés de Leon, Moisés Cordouero, Landes, Siquera, Cebirol, Gikatilla, e Abulafia.
O trabalho de pesquisa, estudo e ensinamento da KABALAH ibérica, estende-se da Catalunha e do Aragão ao sul da França, principalmente ao Lanquedoc e à Provence. Para facilitar seu estudo e compreensão, chegou-se mesmo a subdividi-la em:
a) kabalah espanhola ou mágica
b) kabalah filosófica ou provençal
c) kabalah hassídica ou devocional
Assim que tiveram início as perseguições na Península, a grande maioria dos kabalistas transladou-se para o sul da França. Entre eles encontrava-se o famoso Josef Caro, autor de vários trabalhos kabalísticos.
Em Provence e Languedoc, a KABALAH tomou um vulto tão grande que chegou a influenciar algumas seitas cristãs e gnósticas surgidas naquela época, tais como as dos Cátaros, Albigenses e Iluminados. Foi quando eruditos como Rashi e Isaac, o Cego de Posquéres, entre outros, fizeram nome na KABALAH provençal, além de Nostradamus, o famoso médico e astrólogo francês que, embora se dissesse cristão, na verdade pertencia a uma família de origem judia e cujas famosas Centúrias foram calcadas na KABALAH.
Na Renânia e na Baviera (regiões situadas no Sul da Alemanha), muitos rabinos alemães começaram a estudar a KABALAH, influenciados que foram pelos kabalistas italianos e espanhóis que fugiam das perseguições. Eles se edicaram com tanto empenho a descobrir o "Sod" (segredos) da Divindade, que foram tomados por um fervor místico semelhante ao fervor dos devotos cristãos da Idade Média e dos indianos seguidores de Bakthi ou "amor divino", chamado na KABALAH de Devekuth. Por isso eles eram considerados hassid – pios ou puros.
Mais tarde, já no século XVII, os hassid (piedosos) se espalharam pela Polônia e pela Rússia. No século seguinte nasceria na Ucrânia Israel Ben Eleazar (1700-1760) ou Ben Eleazer, ou Baal Shem Tov, ou simplesmente Besth, anagrama formado a partir daquele último nome. Besth tornar-se-ia o coordenador da seita Hassid, que se espalharia rapidamente pela Europa Central, e cujos seguidores passariam a ser chamados de Hassidim (plural de Hassid). Com o tempo eles se dividiram em várias seitas (que subsistem até hoje), como seguidoras fiéis de Deus na visão kabalística da Merkabah – o Carro de Deus.
O CAMINHO DEVOCIONAL QUE LEVA À DIVINDADE
Chega o século XIX e, de repente, vê-se o eclodir da grande onda espiritualista que, paralelamente ao movimento romântico e religioso da época, marcou a era. Com essa nova energia emergente, todos os segredos ocultos vêm à tona, para serem estudados e apreendidos. Inspirada e fortalecida pela teosofia de Helena P. Blawatsky, a KABALAH Prática se expandiu graças a nomes famosos como Papus, Encausse (Eliphas Levi) e Aliester Crowley, e adentrou-se pelo século XX, quando chegou na década de setenta, no "revival" do chamado esoterismo, para ganhar corpo e consistência graças ao trabalho de estudiosos como Dion Fortune, Steiner, Steinberg, Schiller, Gershon Berg e muitos outros. Principalmente nos Estados Unidos, rabinos cientistas da sinagoga reformada, iniciaram grupos de trabalho de pesquisa para interpretar a KABALAH dentro de uma linguagem mais perfeita e clara, desvendando assim os seus segredos e preparando o Homem do Novo Milênio.
V - A GEMATRIA – NUMEROLOGIA SAGRADA E GEOMETRIA SAGRADA
O ponto
Tudo começa no exato momento em que o Absoluto mostra-se como único e tem início todo um ciclo que, dentro do processo evolutivo kabalístico, acontece através dos Números e das Letras, que são alicerces sagrados da Criação do Universo e do Homem.
No pseudo-vazio TOHU – VOHU, manifesta-se o Princípio, formado pela contração (TZIM) e pela expansão (TZUM), os dois primeiros planos ou as três luzes do Começo, denominadas Zahzahoth, e que são: TZIM (o Ponto, que representa AIN), TZUM (a expansão, que representa AIN SOPH) e AIN SOPH AUR, que representa o "Faça-se a Luz" das Escrituras.
Esses três planos Primordiais, que marcam a passagem do Absoluto para o Relativo (UM) em mais uma re-criação, como dizem os rabinos, estão ligados aos três primeiros Serphiroth do Triângulo Divino, já dentro da manifestação do Relativo (a Criação acontecida). Ou seja, enquanto os três planos iniciais, ou Zahzahoth, trabalham no plano Pensamento da Divindade, os três primeiros sephiroth trabalham no plano Imaginação, enquanto que o 4º, o 5º e o 6º sephiroth atuam no plano Verbal, e o 7º, o 8º, o 9º e o 10º no plano material.
Portanto, tudo tem início no Ponto. O Começo é explicado do seguinte modo: o Absoluto é totalmente desconhecido, e por isso não pode ser explicado, apenas sentido. Antes de qualquer Criação, já que o Absoluto é sempre recriador, existe um pseudo-vazio – Tohu-Vohu – que vem a ser o CAOS (nome dado ao deus grego), que tem origem em KAOS, ou KA-OS (espírito desconhecido ou energia em desordem).
Tohu-Vohu não quer dizer vazio no sentido exato do seu significado, mas "algo que não conhecemos", pois o que pensamos ser o vazio é composto ainda de infinitas partículas.
Partindo da Sua onipresença, a Divindade aciona Seu Pensamento, que atua no ponto escolhido pela Vontade Absoluta e imediatamente dá início ao processo de movimentação daquelas partículas, que se agrupam segundo um ritmo de reflexão do mesmo Pensamento Divino e provocam o que denominamos contração (TZIM), formando geometricamente o Ponto. Nesse momento é que o Absoluto começa a tornar-se o Recriador – ou seja, o Relativo.
Logo após a contração (TZIM), inicia-se a segunda fase da Criação, a que chamaríamos de expansão (TZUM). Nesse momento o Ponto se desfaz, espalhando-se para todos os lados (Onipresença) em infinitas miríades de reflexos de si mesmo e levando através da explosão o Grande Som Divino – o Seu Santo Nome, o Som Primordial, que na Geometria Sagrada é simbolizado pela espiral, que tanto gira para o lado esquerdo como para o direito – para formar a Onisciência (direcionando a anti-matéria) e a Onipotência (criando a matéria).
Portanto, a Criação é uma manifestação do Absoluto dentro de si mesmo. Os rabinos chamam a isso de recriação, já que nunca se soube quando Ele cria, pois tudo é recomeço, princípio que os hindus denominam "as brincadeiras de Brahmah".
Ao processo que se estende numa manifestação de movimento e que termina pela aglomeração completa – a matéria densa que voltará a ser energia pura pela atração da volta ao Ponto inicial, é o que denominamos ciclos de Shemitoh.
À contração sucede a concentração do Pensamento Divino. As partículas soltas no Espaço Infinito dão início à aglomeração (TZIM). A expansão – o Sopro possui a essência do Verbo Primordial, como emanação do Pensamento concentrado, que se realiza criando um vácuo de Som/Força que vibra através da direção do Som, na melodia do Som e na vibração do Som, formando assim o Verbo concreto, através dessas três Luzes (Zahzahorth) ou Esplendores Ocultos que contém todo o "Sod" ou segredo da Criação.
Esses três esplendores, que também estão ligados às três primeiras manifestações do Absoluto, ao se transformarem no Relativo, são explícitos mais tarde na sephira Binah (o plano do Verbo), e que contém em si o resumo do Triângulo Divino.
No plano da contração (TZIM), a Divindade pensa – é AIN. A seguir, em AIN SOPH, Ela direciona o Pensamento com Sabedoria. Já existe então, vagamente, a dualidade, que prepara a propriedade criadora do Verbo.
Em AIN SOPH, o Som do Verbo eclode com a Luz do Pensamento emanado e direcionado. A presença da dualidade em AIN SOPH mostra que o Pensamento Divino já traz consigo a Misericórdia e a Severidade (Ato e Ação), que irão juntos eclodir em AIN SOPH AUR já como Dharma e Karma da Criação inicial.
Em AIN SOPH AUR, o Absoluto já é totalmente Relativo. Dentro da Sua própria expressão de Pensamento, Ele se revela como o "Faça-se a Luz" (Fiat Lux) ou "Haja a Compreensão da Luz". É o princípio do Ponto, do Círculo e também do Triângulo.
As três Zahzahoth ou Emanações
1) ain – Inconsciente Divino
2) ain soph – Consciente Divino
3) ain soph aur – Pensamento Divino
O círculo
A concentração e a expansão executam uma dança que se perpetua em toda a direção da Criação e do Ser. Ela se move para a direita (anti-matéria) e para a esquerda (matéria). A dança, representada pela espiral, é encontrada em todas as seitas e religiões, e seu conjunto forma o que chamamos de "Dança de Shiwa". É dessa concentração de Energia eterna que surge o Ano Cósmico, que, para melhor ser estudado, é representado pelo Círculo.
Aqui entra gráfico
O ponto no centro simboliza o começo de tudo, a concentração e a aglomeração. O círculo representa a eterna dança da contração e expansão.
O círculo com a reta no meio, simboliza o princípio expansivo, quando tem início o aparecimento do Relativo e começa o UM, após a manifestação do Verbo, e já com a dualidade presente como Misericórdia (Criação) e Severidade (Disciplina).
O aparecimento dessa dualidade provoca o início das vibrações da Sabedoria, como paralelo do UM e como sua vibração.
Símbolos da presença divina
Lampejo Divino
Cabeça Divina
Pensamento Divino
Língua Divina
Rosto Divino
Corpo Divino
Expressão Divina
Na KABALAH e na Gnose, essas sete expressões geométricas representam o Ser Divino. As sete figuras simbolizam, cada uma, os sete Corpos que compõem a Mônada Divina e formam o Corpo Divino de ADAM KADMON, o Arquétipo da Humanidade em nosso Universo.
O triângulo
Os planos AIN – AIN SOPH – AIN SOPH AUR formam a idéia trina de como o Relativo se manifesta. Esses planos manifestam-se no que chamamos de plano divino ATZILUTH, criando a terceira forma geométrica da Criação – o Triângulo.
O Triângulo é composto pelos três primeiros sephiroth: KETHER, que deriva de KA ETHER ("o Espírito pairando no Ether"). Praticamente ele é o resumo dos três planos etéricos que se estendem no Triângulo Divino, em Hochmah e Binah. Sua transposição mostra o reflexo do Absoluto no Relativo e, por isso, o Triângulo é chamado pelos kabalistas de "O Rosto de Deus".
O Triângulo é o início da Àrvore da Vida – ETHZ CHAIM, segundo Rabi Luría; o restante é a base do Triângulo Divino. Os três primeiros sephiroth explicam, não somente a transformação do Absoluto em Relativo (Demiurgo), como também conta o processo da Criação.
Para que a Árvore seja formada, sabemos que o Triângulo Divino no plano ATZILUTH projeta a sua centelha na segunda sephira Hochmah – Sabedoria, o princípio dual de onde surge o aspecto feminino da Criação, explicado nas Escrituras, como o "Fez-se a Luz".
Essa dualidade traz consigo o Dharma (Ato) e o Karma (Ação) da Criação, que no seu início compõem os caminhos laterais da Árvore da Vida, encabeçado por Hochmah (AIN SOPH). A terceira sephira é BINAH, corruptela da palavra BIN-HA-ISHAH – a Filha da Sabedoria, ou Sophia, para o gnósticos–, que é ISHAH (a parte feminina da Divindade, a Inteligência, e que é AIN SOPH AUR , a terceira luminária).
Quando Binah aparece, estão prontas as duas colunas laterais da Árvore da Vida (JAKIN/BOHAZ), que significam Poder/Força, Ato/Ação, envolvendo toda a existência do Universo e do Ser.
O caminho do meio é emanado de Kether, pois o Triângulo é a expressão do tridente contido na Criação e o formador da primeira figura geométrica no Universo. O comprimento é Kether – o Verbo sem fim em sua propriedade. A largura é a Sabedoria que se expande em toda a Criação; a espessura é o Verbo em Binah, que começa a compor o início da matéria ou da coisa criada. O comprimento diz respeito também ao equilíbrio, expresso por uma linha reta e sem desvios, como o próprio Pensamento Divino. A largura representa o Ato (o Dharma) com a sua Sabedoria, que envolve e direciona tudo. A espessura é o Karma, criando situações que tem início desde a aglomeração das primeiras células.
O Triângulo desce na Árvore, ou melhor, projeta-se em quatro estágios que acompanham os quatro elementos e os quatro ADAM. Na verdade, ele desce em função da Centelha, já que é a própria expressão da mesma (12 = 3).
O quadrado
A base do Triângulo é constituída pelos arcanos 2 e 3, que se ligam a Hochmah e Binah, formando o Quadrado, representado pelos quatro elementos e pela Unidade que os direciona. O quadrado é também o número do Ser, do Homo sapiens, já que a Unidade, direcionando os quatro elementos dentro de um Quadrado, representa também os quatro elementos no corpo humano e seu poder interno (4 + 1 = 5). O ser humano encontra-se na base do Triângulo como o arquétipo da Criação, o Homem Divino, composto de Sabedoria e de Inteligência (2 + 3 = 5).
O quadrado já se encontra contido no primeiro triângulo e é de Binah ou da Ação que ele desce para o lado direito (ou Ato) da Árvore da Vida. A Criação é um Ato divino, é a expressão do "Seja feita a Sua Vontade". Aí encontram-se também os quatro elementos e os quatro pontos cardeais. Dentro do quadrado, o ser humano ( Homo sapiens) está preso ou crucificado na matéria pelo corpo (15 – 6) e pelos oito caminhos que o libertarão dessa prisão (os oito caminhos do budismo).
Esta libertação se dará quando ele estabelecer a harmonia das duas serpentes – Samech e Nahash –, que também estão ligadas aos oito sephiroth da Àrvore do Homem. Para que se liberte dessa crucificação, o Ser Humano terá que desdobrar a sua evolução, pois só assim terá seus nove corpos básicos sob total controle. Baseado nisso, o centro da Árvore é composto de dois quadrados que formam um retângulo e que contém um cubo oculto dentro de si.
Este cubo representa os três corpos básicos equilibrados dentro da Árvore.
O Ser crucificado no quadrado, dentro dos seus oito caminhos (15 = 6 + 8 = 14 = 5), refere-se ao Arcano da Temperança, o seu libertador. Os quatro triângulos descem na Árvore da Vida, através do caminho da Centelha divina e formam o esqueleto da Árvore, unindo os sephiroth.
O cubo
O cubo é a conscientização do quadrado, e revela os planos básicos do Universo e do Ser. No que diz respeito ao Homem, ele é o símbolo dos seus corpos básicos: o físico, o astral e o espiritual. Portanto, ele é a KA-ABA – o Espírito do Pai/Mãe.

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Beijo da bruxa...Eu mesma é claro!!!

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