Aprendi em meus              superficiais estudos esotéricos, que os mestres espirituais da              Antiguidade, utilizaram os Contos de Fadas para transmitirem,              através dos tempos e de maneira simbólica, conhecimentos elevados do              Sagrado. Assim sendo, passariam esses conhecimentos, sem o perigo de              serem destruídos por aqueles que discordam, ou crêem, apenas, na              vida material.   
             
  
                           
             Se estivermos atentos ao conteúdo dessas histórias,              observaremos que sempre estão presentes: a Fada, a Bruxa, a Madrasta              Má, etc.  
             
             
              
              
             Esses arquétipos representam aquilo de que necessitamos para              chegarmos à compreensão de que só ascendemos a um nível de              crescimento pessoal e de espiritualidade, pela vivência consciente              dos aspectos negativos (Bruxas) e positivos (Fadas) da vida.                
             
             
  
              
              
              
             A              Bruxa representa no nosso dia a dia, tudo aquilo que nos é impostos              pela família, escola, religião, sociedade, tais como: limites e              frustrações; carências afetivas e materiais; perdas, etc.                
             
  
              
              
              
              
             A              Fada, por sua vez, simboliza o que é agradável ao nosso EGO: ganhos;              sucesso; riqueza, ou seja, o lado gostoso de nossa caminhada.                
             
  
             Ambas são imprescindíveis ao nosso processo de crescimento. E              ambas estão dentro de nós. Tanto podemos exercer amorosamente, os              nossos lados Bruxa e Fada, em relação ao outro, como o outro poderá              exerce-los em relação a nós. É um movimento contínuo e recíproco.              
 Muitas vezes, no entanto, o excesso              de emocionalismo impede a exteriorização equilibrada dos dois lados.              
              
             
  A compreensão da importância da prática consciente dessa              dualidade, é que favorece a formação harmoniosa do ser humano,              tornando-o menos egoísta e mais solidário em suas relações              interpessoais, preparando-o para exercer, com maturidade, a sua              cidadania. 
             Acontece que o mundo moderno distanciou-se bastante dessa              diretriz dual.  
             
             Pouquíssimos são aqueles que aceitam os deveres e limitações              exigidas pela Bruxa. Só querem saber do lado gostoso que a Fada põe              à disposição, ou seja, a curtição do mundo fantástico dos apelos              sensoriais, do consumismo, do 
 conforto exagerado, etc. 
  
             E              a Bruxa se encontra quase que totalmente esquecida, tanto no              contexto familiar, como na escola e na sociedade como um todo. E as              conseqüências são catastróficas. 
             
             
  
             É              comum, no âmbito familiar, a ocorrência de fatos graves, que causam              traumas e muito sofrimento. E até se diz, nessas ocasiões,               
             que "a bruxa anda solta..."  
             
             Em geral, os membros da família preferem racionalizá-los ou              mesmo "esquece-los", sem a menor preocupação pela "leitura" da              sinalização expressa nesses fatos. E tudo continua como antes... O              que poderia ou deveria servir de degrau para uma melhor compreensão              da vida e de si mesmo, não passa de mais um acontecimento doloroso e              cruel.   
             
               
             Como conseqüência, gera-se um vazio na vida de cada um,              levando-os a procurar compensações que, na aparência e              superficialmente, vêm minimizar as dores sofridas. 
 
              
              
              
              
             As perdas, de uma maneira geral, não são entendidas como              mensagens para um 
              redirecionamento de vida, uma revolução pessoal 
  em todos os seus aspectos.                
              
             
              
              
              
             Algum dia chegar-se-á à compreensão de que um dos males do              mundo de hoje é o número insuficiente de Bruxas, por não se              compreender o que elas significam para a formação equilibrada e              completa do ser humano. 
             
             
   
              
              
             
                 

              
              
              
              
              
 
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