Vou postar aqui a pura expressão de arte e de alguns pensamentos meus e de amigos...

Sou bruxa...sou fada...sou menina e sou mulher!!!

Minha foto
são paulo, s.p, Brazil
sou taróloga(Tarôt das Bruxas),artista plástica(Pinturas místicas),terapeuta corporal,pisciana a flor da pele,sensivelmente forte,mística e bruxa com muito orgulho!!!

24 de ago. de 2007

Gnomos



Gnomos
Alguns podem dizer que a Natureza é caprichosa.
Outros, mais que isso, diriam que ela é sábia.
Nós sim, que não a entendendo, achamos que
tudo deve acontecer e existir devido aos
nossos próprios caprichos.
Na Natureza encontramos coisas e eventos
opostos, simétricos ou dualistas, longe
entretanto de serem eventos mutuamente
excludentes, são na verdade complementares.
Não existem meramente como opostos, mas se
complementam. Todas essas complementaridades,
formam o que chamamos de maneira mais
apropriada, espécies.
Até mesmo dentro de cada espécie
encontramos mais variedades.
Nas espécies biológicas, encontramos tal
variedade de tipos, estruturas, hábitos que
é quase impossível termos total conhecimento
de todas essas nuances, em todas as espécies.
Tomemos, por exemplo, as escalas de grandeza
dentro de um mesmo gênero.
No gênero Equus, temos a espécie Equus caballus,
o cavalo como o conhecemos. Animal de grande
porte, forte e muito útil ao homem desde tempos
imemoriais, por sua força e destreza.
Entretanto temos os pôneis, pequenos e frágeis em
relação aos seus parentes maiores.
Um cavalo pode ter uma altura de até 190 cm.
Comparemos à dos menores pôneis que chegam
a medir cerca de 50 cm.
Existiu, todavia, uma espécie de cavalo, que
viveu a cerca de uns 54 milhões de anos, no
Período Eocênio, denominada Hiracotherium
e que media apenas uns 20 cm de altura.
Abaixo, temos uma comparação dos tamanhos
desses animais (na mesma escala) e a foto de
um fóssil do Hiracotherium.

Cavalo 1,80 m Pônei 40-50 cm Hiracotherium 20 cm
Entre os Elefantes, o elefante africano
(Lexodonta africanus) pode medir 4,0 m de altura,
enquanto o elefante pigmeu de Bornéo
(Elephas maximus borneensis) chega a 1,50 metros.
Entre muitas espécies (todas extintas) de
elefante anão, destaca-se o Elefante Anão de
Creta (Elephas -Palaeoloxodon - creticus)
, que
media até 1,0 m de altura.
Entre a família Rodentia (roedores) temos
o maior deles, a Capivara (
Hydrochoerus
hydrochaeris
) com um comprimento
de até 1,40 m. Verificamos uma variedade
de coelhos e lebres de comprimentos médios
entre 30-40 cm, enquanto o menor roedor
conhecido é o Jerboa Pigmeu
(Cardiocranius paradoxus Satunin) que tem
o comprimento do corpo entre
52-68 mm.
Os exemplos são inúmeros, tanto entre os
animais como entre os vegetais. A Natureza
os fez de porte grande, médio e minúsculos.
Não há qualquer razão para supor que entre
os seres humanos essa regra haveria de ser
diferente. Temos seres humanos de estatura
até um pouco mais de 2,00 m, temos os pigmeus
que medem em média 1,30 m e temos seres minúsculos . . .
No ano de 1200, em Nidaros (atualmente
Trondenheim) na Noruega, o sueco
Frederik Ugarph encontrou, na casa de um
pescador, uma pequena estátua de madeira,
medindo 15 cm de altura sem contar o
pedestal e tinha gravada as palavras
"NISSE RIKTIG ST RRELSE" que
significa literalmente 'Gnomo, altura real'.
Após muitos dias de negociação, Ugarph
conseguiu comprar a estátua, que estava em
poder da família do pescador havia muitos anos.
Atualmente, ela pertence à coleção da família
Oliv, de Uppsala, Suécia. Exames radiográficos
comprovam que a peça tem mais de 2.000 anos,
tendo sido entalhada num pedaço de raiz de
uma árvore muito resistente e já extinta. A
descoberta dessa estátua parece confirmar
aquilo que os próprios Gnomos sempre afirmaram
acerca de suas origens escandinavas.
Estátua de Uppsala
Foi somente após a Grande Migração dos
Povos, em 395 d.C. que os gnomos começaram
a ser notados nos Países Baixos, provavelmente
por volta de 449 d.C., quando o posto avançado
dos romanos, na Britânia, caiu frente aos
anglo-saxões e aos jutos. Existem evidências a
esse respeito numa carta escrita por um
sargento romano aposentado chamado Publius
Octavus. Ele permaneceu em Lugdunum
(atualmente Leiden, na Holanda) onde se casou
com uma moça local e passou a viver em uma
propriedade adquirida nos arredores da cidade.
Nessa carta datada de 470 d.C., ele escreveu:
Eu tive a oportunidade de ver, com meus próprios
olhos, uma criatura minúscula. Ele usava chapéu
vermelho e uma camisa azul. Ele tinha uma
barba branca e calças esverdeadas e disse que
vivia nessas terras há vinte anos. Ele fala
nossa língua, misturada com algumas palavras
estranhas. Desde então eu tenho conversado
com ele muitas vezes. Ele disse descender
de uma raça chamada Kuwalden, uma palavra
completamente desconhecida, e que havia
apenas alguns poucos deles no mundo. Ele gosta
muito de beber leite. Por muitas vezes eu o vi
curando animais doentes nas pradarias.
É curioso notar que o sentido exato do termo
kuba-walda, em linguagem germânica
antiga significa "administrador do lugar".
Em seu livro escrito em 1580, o escritor
Wunderlich menciona que naquela época
os gnomos tinham estabelecido uma sociedade
sem qualquer diferença de classes, que já
se mantinha por mais de mil anos. À exceção
do próprio rei, escolhido pelo povo, não
existiam gnomos pobres ou ricos, inferiores
ou superiores.
Existem indícios de narrativas da tradição
oral, entre os europeus, de que até por volta
do ano 600-650 d.C., os gnomos eram
parte integrante da sociedade, mantendo um
relacionamento discreto, porém freqüente,
com os humanos.
Um achado espetacular foi feito em 1800,
em Pennince a leste de Lancashire, Inglaterra,
onde foram encontradas centenas de
ferramentas diminutas, tendo três centímetros
de tamanhos e confeccionadas de forma perfeita,
algumas com detalhes que só podiam ser vistos
com o auxílio de uma lupa. O achado foi
considerado tão desconcertante, que sem maiores
explicações os especialistas rotularam de
"aparatos provavelmente utilizados em rituais".
Mas, porque teriam que ser tão perfeitos e tão
pequenos ? Isso ninguém sabia explicar !
Na Escócia, ao final do Século 19, um grupo de
pesquisadores descobriu uma pequena escada
esculpida na rocha, contendo degraus de
2,0 cm de altura. Após seguir por uma trilha
particularmente difícil, seguindo a escada
rochosa, depararam-se com uma pequena
necrópole contendo minúsculos ataúdes e,
em seus interiores, pequeníssimos restos
de corpos muito semelhantes aos humanos.
Após o entusiasmo e publicidade iniciais
sobre esse achado, algumas pesquisas
foram realizadas, o assunto foi esquecido e
hoje o que restam são relatos na imprensa da época.
Em 1932, nas montanhas San Pedro no estado
americano de Wyoming (EUA), dois garimpeiros
chamados Cecil Mann e Frank Carr encontraram
uma múmia medindo 35 cm. Especialistas
do Museo Americano de História Natural e do
Departamento de Antropologia da Universidade
de Harvard atestaram que a múmia era genuína
e concluíram tratar-se de uma pessoa com idade
aproximada de 65 anos. Os índios das Nações
Shoshonees e Crows, nativos que habitam as
redondezas onde ocorreu o achado, falam,
nas lendas e folclore da tradição oral de
suas tribos, sobre uma raça de pessoas pequenas,
que vivia na região, chamada por eles de Nimerigar
1.
O alquimista suíço Paracelso, em sua obra
'Tratado sobre os Elementais' publicada em 1566,
parece ter sido o primeiro a cunhar o termo
gnomus, derivado de gnose (conhecimento),
querendo indicar que esses seres diminutos
e simpáticos eram possuidores de muitos conhecimentos.
Para Rudolf Steiner (1861-1925), fundador da
Antroposofia, introdutor do Sistema
Biodinâmico de Agricultura, e criador do
famoso método Wardolf de Educação, a
importância dos Gnomos na manutenção e
renovação do meio ambiente, especialmente o solo,
é um fato concreto e não mera retórica de fundo
mítico. Nesse aspecto, ele proferiu muitas
palestras sobre a importância dessas criaturas.
Gnomos são seres minúsculos, com estatura
variando entre 10-15 cm. Vivem até idades em
torno dos 400 anos. São bastante ativos, muito
inteligentes e curiosos. São alegres, bem
humorados e quando não estão nos momentos
de tarefas diárias, preferem passar o tempo
em brincadeiras, conversas ou longos
passeios pelas redondezas. Particularmente lhes
chama atenção nossa tecnologias, invenções
e estilos de vida, embora eles mesmos sejam
afeitos à vida simples, o que faz com que
praticamente não mudem sua própria maneira
de viver. Vivem em pequenas comunidades,
construindo suas casas no subsolo.
Levam um estilo de vida doméstica bem
semelhante aos de seus irmãos maiores,
nós humanos. São exímios artesãos,
sabedores de como trabalhar os metais
e a madeira, que utilizam na confecção
de casas e móveis de uso comum.
Confeccionam sua própria porcelana.
Conhecem muitas artes e ofícios, embora
não tenham qualquer inclinação
pelo desenvolvimento econômico, visto
que lhes falta qualquer traço de ambição.
Pelo que se sabe, são coletores de
alimentos, que encontram nos bosques
e florestas. Sua dieta é baseada em
pequenas frutas, amoras diversas,
folhas e raízes, das quais utilizam
a fécula na confecção de bolos, tortas
e pães, sempre adoçados com mel de
abelha ou o néctar que eles extraem
de algumas plantas e flores. São
essencialmente vegetarianos, visto serem
contrários a causar qualquer mal ou
violência contra os animais. Podem dispor
de frutas das mais variadas espécies,
pois detêm a técnica ou arte de
miniaturizar árvores por completo:
tamanho dos troncos, folhas e frutos,
conhecimento este que faria a alegria
de qualquer mestre na arte do Bonsai.
Ao contrário do que se pensa, os
Gnomos não fumam cachimbos nem
consomem vinhos nem licores. Aliás
desprezam o hábito entre os humanos
do consumo de carnes e bebidas alcoólicas,
evitando a todo custo pessoas que
se dedicam a essas atividades, uma vez
que cultivam um padrão de vida moral e
espiritual avançado. São dotados de
grande força, comparada a seu tamanho
corporal e gozam de excelente saúde,
embora conheçam a medicina das ervas,
as quais não cultivam em hortas
explícitas, mas disfarçadamente
em meio à flora circunvizinha. Por
esse motivo, sempre se achou que eles
não se dedicam à agricultura.
Dedicam-se com afinco à atividades
de cultivo de plantas, ervas e todo
tipo de cogumelos, visto serem imunes
à toxidade destes. A bem da verdade, são
exímios cultivadores de cogumelos, no que
fazem em túneis especialmente cavados no subsolo.
Os Gnomos são bastante tímidos e reservados.
Dificilmente são vistos durante o dia, sendo seres
de hábitos noturnos. Se alguém os 'surpreendem',
é mais pela disposição deles mesmos em se deixar
ver. Donos de poderes psíquicos, são capazes de
entender os pensamentos de quaisquer criaturas,
sabedores de suas mais íntimas e reais intenções.
Diante de um primeiro contato, os Gnomos
mostram-se gentis e cordiais, embora não escondam
uma certa desconfiança, não obstante
entenderem o que se passa na mente dos outros.
As moças e senhoras Gnomos são mais tímidas
e retraídas que seus companheiros. A ponto
de dificilmente serem vistas, quer durante o
dia ou à noite. Normalmente permanecem a
maior parte do tempo ocupadas nos afazeres
domésticos. De regra, esses simpáticos seres
preferem contatar as crianças, visto terem
elas a mente mais aberta, sem prejulgamentos,
e possuidoras da natural inocência infantil.
Quando não conseguem fugir a tempo,
diante de uma presença indesejada,
os Gnomos se transformam de imediato
em algum tipo de animal, no mais das vezes
assumem a forma de um sapo.
São afáveis nas relações pessoais
e nunca entram em disputas ou conflitos,
seja entre si ou com os humanos. Têm
grande conhecimento e sabedoria sobre
os mistérios da terra e do cosmo e
toda a sua cultura é repassada entre as
gerações, por tradição. Adotam uma
espécie de monarquia bastante peculiar:
o Rei é escolhido dentre o mais capaz do
clã, em inteligência, sabedoria e bondade.
Na vacância do trono, pela morte do Rei,
outro é escolhido sempre que um de seus
herdeiros não seja a pessoa mais propícia
à tarefa, dentre os homens casados do
grupo. Ser Rei, não é uma tarefa que
importe em poder, ou prestígio, entre
os Gnomos. O Rei e a Rainha desempenham
mais o papel de pais dos outros membros.
É uma posição de serviço e não de serem
servidos. Quando da morte do Rei ou da
Rainha, aquele que sobrevive renuncia e
nova assembléia para escolha do casal real
é convocada. Pode acontecer que um príncipe
herdeiro casado convoque uma assembléia,
sempre que entenda existir alguém mais
capaz que ele, na comunidade. O casa
real é, em tudo, semelhante a casa dos demais,
exceto pelo fato de ter uma grande sala para
que ocorram as reuniões e assembléias.
Os Gnomos são muito dados a festas e
reuniões sociais. Os membros solteiros
invariavelmente aproveitam essas ocasiões
para iniciarem um namoro, que nunca
necessita da aprovação dos mais velhos
dos grupos familiares envolvidos, uma vez
que todo rapaz e toda moça têm qualidades
suficientes para iniciarem uma família.
Nesse aspecto, os membros masculinos
são muito galantes, presenteando a
moça Gnomo com presentes e mimos
diversos. O casamento ocorre não muito
tempo após iniciado o namoro, e é
quando acontece uma reunião dos mais
velhos da comunidade para deliberarem
sobre o melhor momento das bodas, tendo
em vista que os preparativos para a grande
festa envolvem toda comunidade.
A cerimônia é oficializada pelo casal real
e se constitui numa grande celebração,
onde todos participam, trazendo bolos,
doces e sucos feitos de diferentes frutas,
comendo, rindo e dançando, ao som
de muita música, executada com
instrumentos de corda, flautas e vários
tipos de tambor. Após as festividades,
os noivos saem por alguns dias em passeio
nupcial. Quando retornam, já encontram
sua casa prontinha, com móveis e tudo
o mais, devidamente construída por todos
os conhecidos.
Dessa forma, o casal recebe os presentes não
por ocasião das festividades do casamento,
mas quando retornam do passeio. São presenteados
inclusive pelo Rei e a Rainha, que confeccionam,
eles mesmos, alguma peça artesanal para o
esposo e a esposa, respectivamente.
Quase de imediato sobrevém a gravidez,
que dura em torno de 12 meses. Ao final, o
casal é presenteado com gêmeos, que podem
ser dois meninos, duas meninas ou um
casalzinho de bebês, o que ocorre na grande
maioria dos casos. Assim, a população de
Gnomos não varia muito, e é muito raro
algum Gnomo não casar, pois sempre existe
um rapaz e uma moça, solteiros,
disponíveis para a nobre tarefa de
formarem uma nova família. Uma família
típica consiste nos pais e duas crianças,
embora uma segunda gravidez (quatro filhos)
também ocorra, o que faz com que seja
considerada uma família numerosa.
Enquanto são pequenos, as crianças estão
ora com a mãe, ora com o pai, que lhes
dispensa a maior atenção, com várias
brincadeiras domésticas. Ao ficarem um
pouco maiores, as meninas passam a maior
parte do tempo junto às mães, quando
aprendem as artes do lar, enquanto os
meninos ficam com o pai, aprendendo
as várias tarefas cabíveis aos homens.
Casal de bebês Gnomos Casalzinho amamentando
Gnomo-pai com duas meninas
Ambos, entretanto, meninos e meninas,
acompanham o pai, para aprenderem sobre
coisas da floresta. Todo o sistema de educação
consiste no aprendizado básico do estilo
de vida que conservam, quase invariável desde
muitos tempos. Não se empenham em um
sistema formal de educação, embora tenham
alguns escritos e livros secretos que toda
família estuda diligentemente.
A infância dos Gnomos dura até seus 40 anos
de vida, quando se inicia o período que
corresponde à adolescência. Por volta dos
cem anos, os Gnomos estão na idade de
casamento. Existe uma levíssima tendência
a nascerem mais meninos que meninas, o
que faz com que alguns rapazes queiram
permanecer solteiros. Entretanto, todas as
moças se casam e mesmo que um rapaz
não deseje o casamento, ele acaba
abrindo mão dessa prerrogativa, caso seja
necessário, para que uma moça não
permaneça solteira. A constituição de família
é uma norma superior entre os Gnomos.
Não existe entre eles um conceito individualista
de vida, o que faz com que todos sejam
cuidadosos com os demais, especialmente
com as crianças. Os Gnomos se consideram
uma única família, ao invés de uma raça.
Os Gnomos se dedicam à trabalhos voltados a
subsistência da família ou da coletividade.
Os homens trabalham na marcenaria, agricultura,
confecção de móveis e utensílios, fundição de
metais, coleta de alimentos nas florestas
e bosques. As mulheres dedicam-se às
atividades do lar, costura, coleta de
alimentos, flores, preparação de alimentos
e cuida da prole. Ambos educam os filhos
e dedicam-se a confecção de artesanato
segundo suas habilidades.
Nas excursões que fazem nos bosques e
florestas, evitam as trilhas utilizadas pelos
homens ou pelos animais. Preferem
criar seus próprios caminhos, pequenas
trilhas ou estradas, embaixo da vegetação
dos pequenos arbustos rasteiros. Assim,
sentem-se mais confortáveis. Existe um mal
entendido quanto à maneira dos Gnomos
viajarem à grandes distâncias. Pensa-se
que eles costumam viajar com a ajuda
de alguns animais, notadamente, pássaros,
acomodando-se neles numa gostosa carona.
Não é bem assim. Os Gnomos podem assumir
qualquer forma que desejarem. Por
conseguinte, quando querem cobrir
grandes distâncias, transformam-se em
aves migratórias e vão aonde desejarem,
num vôo solitário, ou coletivo,
envolvendo toda uma comunidade ou
parte dela, na busca de locais mais adequados
à sobrevivência. Isto explica o fato de
que eles estejam espalhados por todos os
continentes.
Os Gnomos, todavia, são
muito afeitos a brincadeiras e podem sim
subir nas costas dos animais e das aves,
apenas por simples divertimento.
Conhecedores dos segredos da terra,
podem perceber catástrofes naturais com muita
antecedência e nunca são surpreendidos por
esses eventos. Dessa forma podem mudar de
local, região ou mesmo continentes, sempre
que as condições ambientais mostrarem-se adversas.
Os Gnomos não são seres espirituais, mas
seus corpos são de carne e osso; são bem
parecidos conosco, embora, isto sim, mais
espiritualizados. Devido ao estilo de vida que
levam, simples, embora cultivando uma
disposição mental elevada, mantêm uma maior
sensibilidade, o que lhes dá vantagem sobre
nós. São muito solidários com todas as formas
de vida, e uma de suas atividades típicas
nos bosques, florestas ou pradarias é cuidar de
animais feridos ou doentes. Entendem a língua
dos humanos, das plantas e animais, embora
tenham sua própria linguagem. Dessa
forma, podem se comunicar com diferentes
criaturas, e entender suas necessidades.
Os Gnomos são bem humorados e brincalhões,
mesmo quando adultos. Divertem-se com os
filhos e com os parentes e amigos. O casal
namora e brinca o tempo todo, inclusive
depois de anos de casamento.
Dedicam-se a proteger a flora e a fauna,
pois têm pleno conhecimento dos
intrincados inter-relacionamentos existentes na
Natureza. Ao longo dos anos, se distanciaram
bastante dos humanos, ao perceberem o
individualismo, o egoísmo exacerbado, a ambição
e falta de bondade para com os outros, sejam
eles humanos, animais ou as plantas. Evitam as
pessoas de má índole e de maus hábitos.
Entretanto, procuram estar perto de
pessoas bondosas, honestas e gentis.
Freqüentemente as observam e as ajudam
no que podem, mesmo que as pessoas
disso não saibam. Mantêm-se distantes
de lugares onde predominem atividades
que envolvam paixões, barulho ou
desarmonia. Em algum estágio da vida
de um ser humano, especialmente quando
criança, os Gnomos penetram-lhe nos
sonhos, oferecendo momentos agradáveis.
Aqueles que participam dessa
experiência, normalmente tornam-se, ao
crescerem, pessoas bondosas, respeitosas
das coisas da terra e da Natureza. Essa,
muito mais que uma atividade lúdica
ou divertida, é, para esses seres, um momento
especial para educarem seus irmãos maiores.
Em alguns momentos um Gnomo, homem ou
mulher se isola, na beira de um riacho, no alto
de uma colina, sobre uma pedra ou mesmo
num balanço, perto de casa. Fica ali, sozinho,
pensativo. Não é por solidão, nem tristeza ou
algo assim. É apenas uma coisa própria
deles mesmos. Ninguém se aproxima, a
menos que seja alguém muito íntimo como
a esposa, um dos pais, um irmão ou
uma irmã. Ao se aproximarem, ficam ali ao
lado quietinhos, igualmente sentados,
em silêncio. Nem mesmo tentam
penetrar nos seus pensamentos.
Compartilhar desses momentos é algo muito
significativo para esses seres delicados, pois é
um momento de suma intimidade e muito especial.
Temos muito o que aprender com os
Gnomos. Muitas das coisas com eles já
aprendemos: os segredos da fermentação, o
feitio de queijos e iogurtes, como cultivar
cogumelos e quais cogumelos, nós humanos,
devemos evitar. Como extrair mel das colméias
e como cuidar do solo. A ciência das ervas
medicinais ou como fazer certas ferramentas . . .
Isso, desde muitos anos, quando éramos
simples como eles e podíamos compartilhar
uma saudável associação. Hoje estamos
devastando o meio ambiente, derrubando
árvores centenárias, para cultivo de pasto
para gado, não para tirar-lhes o leite,
bondosa dádiva, mas para em algum
momento, trair-lhes a amizade cortando-lhes
o pescoço e comendo-lhes as entranhas.
Estamos poluindo os rios, os lagos e os
riachos. Estamos fazendo sangrar a Mãe
Terra, humilhando sua Natureza.
Envergonhamos nossos pequenos
e gentis amiguinhos, mostrando-lhes
o que temos de pior, o desprezo e o
ódio até para conosco. Deixamos de ser
uma família e para alguns nem somos da
mesma raça !
Estamos cada vez mais empurrando essas
simpáticas criaturas para mais longe
de nós. Nada mais natural, visto que
estamos cada vez mais distantes de nós
mesmos.
Recife,
06/10/2006
Referências
Ilustrações dos Gnomos do
artista Rien Poortlviet - extraídas do livro
Gnomos, Editora Siciliano,
1987 - 5ª Edição 1992 São Paulo.
1 - Mysteries of the Unexplained,
Reader's Digest General Books,
The Reader's Digest
...... Association, 1982
J. R. Araújo

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Beijo da bruxa...Eu mesma é claro!!!

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